sábado, 15 de novembro de 2014

O Bolo Curta na íntegra



"O Bolo", ótimo curta que vai virar longa em Breve!Com roteiro divertiddismo, com a atriz Fabiola Nascimento, que está ótima, como sempre e participação de Catarina Abdála, que está ótima também, num papel, de "serpente convidando para o jardim do Édem", provocando todos a provar o tal, bolo, e com isto despertando e libertando todos de suas "máscaras sociais" e se permitindo a ser livres.
Numa festa de aniversário, um  bolo de chocolate feito de Maconha, será um dispositivo para falar de várias questões, como a legalização, a liberdade, a sexualidade, a religiosidade. A personagem então reprimida se liberta após comer o bolo e vai experienciar várias situações ddivertidíssimase libertadoras para o seu corpo e para a vida. E tudo isto com uma trilha maravilhosa e super sugestiva, Chocolate de Tim Maia, na voz de Marisa Monte, do seu primeiro albúm, me lembro até hoje com meus 10, 11 anos ouvindo este albúm, esta música e descobrindo pouco tempo depois, o que era chocolate, tanto o significado quanto na vida, e hoje canto: "Eu só quero chocolateeeee"
E a primeira vez, a gente nunca esquece, lembro me até hoje na adolescência, cheguei em casa, acendi, e pronto as risadas eram intermináveis,e chamei um amigo querido da época para vir me socorrer as minhas gargalhadas intermináveis.... O sabor das primeiras vezes, é tão lindo, é tão bonito de se lembrar, e ao mesmo tempo o sabor da experiencia é tão tranquilo, e assim pode se dizer no auto dos meus trinta e cinco anos, tudo tem seu tempo, "tempo, tempo é um dos deuses mais lindos"

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Arcade Fire - Afterlife (Lyric Video) E O que pode ter haver com Orfeu da Conceição?


A música é da Banda canadense Arcade Fire, as cenas do vídeo clip é do filme "Orfeu Negro" do francês Albert Camus de 1959 adaptação da Peça "Orfeu da Conceição" de Vinicius de Moraes inspirado na tragédia Grega de Orfeu e Eurídice no qual, Orfeu na peça se torna um condutor de Bonde e que se apaixona pela bela Eurídice, e toda trajetória é acompanhada pela Morte, que vai marcando os destinos dos personagens.
Mas o que chama atenção após tantos anos, ou melhor mais de 50 anos do filme, é pensar o que uma banda Canadense com o seu estilo de rock, escolheu utilizar estas imagens deste filme de  um Brasil estilizado numa versão extremamente Carnavalizada, dos anos 50 de um Rio de Janeiro, com os elementos que caraterizam uma parte do Brasil e seus costumes, o Candomblé, as Favelas, o Carnaval e os dramas sociais e sim as impossibilidades do amor, um tom folhetinesco herdado do Romantismo e claro que toda origem dos dramas ocidentais vem das tragédias Gregas. Ok, minha questão, ou melhor minha curiosidade, fica onde acontece este cruzamento, essa transversalidade das culturas? São nas imagens do filme, de um Brasil naif, pitoresco, exótico  para os olhos de fora?

São exatamente os cruzamentos que se dão ao olhar a cultura do outro? São nas tentativas que os artistas da banda pensaram, nunca saberei o que pensaram, mas obra de arte não é isto? Algo que cada um vai tendo sua interpretação a partir de suas referencias, vivencias independentes ainda que o autor tenha sido extremamente claro no quis dizer, ainda assim as obras são sempre possíveis e ainda bem de várias interpretações. Assim como minha leitura sobre "Ensaio Sobre a Cegueira" de José Saramago, provavelmente não é a mesma que o meu amigo ao lado, a cegueira branca da personagem para mim diz uma coisa, para você que leu diz outra e para o outro que nem sabe, não diz nada ou supõe alguma coisa e isto que é o maravilhoso e fantástico das obras de arte! Da vida, das coisas mas voltando o vídeo clip, continuarei com uma curiosidade sobre o que os artistas da banda com sua canção que leva o título de "Afterlife" e imagens de "Orfeu Negro" podem ter haver?

No primeiro momento soam exóticos e estranhos mas ao parar para analisar a letra da música, começamos a perceber tais evidencias, a letra fala de um pós-vida, Afterlife, quer dizer: pós a vida, e o que as tragédia gregas mais nos falam e do pós a morte, essa relação da vida e morte estão sempre presente em boa parte das obras gregas, a relação dos deuses e dos homens na Terra ou no Olimpo.

Com isto tudo começa a fazer sentido. E canção e as imagens do video clip do Brasil quase exótico, deixa de ser figurativo e ingenuo e ganha força nas eternas questões dos homens: pós-vida, e "se nós conseguimos fazer dar certo?" Assim como diz a letra da canção. E tudo que queremos é que de tudo certo no final, não é isso?

sábado, 23 de agosto de 2014

Pode me Chamar



Ao visitar Olinda - PE e realizar o grande sonho do famoso Carnaval de Recife, atualizei as bandas Pernambucanas e entre as novas dicas, excelentes músicos.  conheci Banda Eddie, com uma ótima  levada além da "Academia da Berlinda", outra banda encantadora,  que está com uma música no filme pernambucano "Tatuagem", que depois merece um post só para o filme e a banda, mas aqui neste post deixo minha admiração pelo som de Eddie suas músicas e a saudade quando lembro de dançar no palco Fortim em Olinda na presença de pessoas queridíssimas que fiz amizade em tão pouco tem.
E este video clip faz jus ao clima exato que paira por Olinda, as pessoas de lá, o detalhe no vídeo da camiseta do rapaz do tradicional bloco "Eu acho é pouco", numa singela homenagem a Olinda, sua cultura e seus personagens típicos, como o da senhora, o dos butecos e das festinhas em casa de amigos na velha
Olinda e seus casarios que tive o grande prazer de conhecer a intimidade da casa de moradores e amigos.
Essa cidade atravessou meu coração e viverá sempre nele como algo bom que não se pode esquecer jamais! E como diz a música de Eddie:

 "Pode me chamar que eu vou , eu vou, eu já to aí
  Sem muita coisa para levar, sem quase nada para fazer,
  sem muita coisa para dizer e para começar
  pode me chamar que eu vou, eu vou,
 quando me quiser eu vou, olha, eu já to ai,
 você vai cair na festa..."

E é esse é o clima de Olinda, essa música descreve muito a atmosfera deste lugar!

domingo, 29 de junho de 2014

indaguei a mente otto.wmv



Com a chuvinha que cai em Natal, timidamente entre chuva e o sol. Otto sempre a boa pedida, suas canções e letras que surgem na beira de um bar, de um espanto entre goles de noites mal dormidas e encontros de desencontros da vida, este homi faz de sua vida poesia e nos presenteia os nossos corações e ouvidos. Otto compõe suas canções entre o nonsense, o delicado, a dor, o amor e de extremo erotismo poético:
 "já que indaguei a mente não há alma...
  primeiro a imaginação e depois eu poderia por,
  você faz bem isso e eu te amo,
  que bonita flor..."

quinta-feira, 6 de março de 2014

Orquestra do Sucesso Xirley



Viajo porque preciso e sim volto porque amo esta terra chamada Natal mas confesso que Olinda me acertou em cheio no coração! E foi preciso viajar para descobrir que a música tão cantada por Gaby Amaranto que já gostava agora AMO! É deste cara ai: Zé Cafofinho! Que também é de Belém mas residente de Recife. Me acabei de tanto dançar na praça do Bonsucesso, de frente para a sede do mito do Carnaval o "Homem da Meia Noite", essa música foi um dos momentos de muitos deliciosos que lembro no meio da famosa bebida Axé que dancei até o chão, hoo coisa boa!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"A Grande Beleza" de Todos Nós



"Dias de janeiro, calor demais, dias de janeiro olha como faz, esquentam, é tão bom entrar no mar...", começo ao som de "Dias de Janeiro" de Otto, para descrever como foram meus dias na minha cidade, de tantos encontros, famílias, amigas hermanas, festas, saídas, calor infernal e de salas escuras e gélidas de cinema para suportar ainda que por algumas pequenas horas, o calor devastador desta cidade que te envolve, te seduz e que também te tira o do chão a qualquer momento.
Mas voltando aos filmes, foram "O Som ao Meu Redor", "Ninfomaníaca", " O Lobo de Wallstreet" e por último: "A Grande Beleza", até pela sequencia dos filmes que assisti, gostei de todos em suas particularidades, observações, questões mas na identificação precisa e imediata de longe o que mais me marcou e ainda marcar suas imagens e suas falas!Ta ai, as falas!
Geralmente quando me recordo de um filme, lembro dele claro, mas na totalidade de uma cena, uma imagem, um close da atriz, de uma ação marcante, mas este filme especificamente, esta película italiana ala Feliniana a "Grande Beleza", além das belas imagens que tem uma câmera que flutua, que vai sobrevoando, as pessoas, a cidade de Roma e pousando nos personagens e situações, a historia vai sendo costurada através do protagonista e narrador da jornada, o personagem encantador: Jep, um escritor de uma obra só e que fez um estrondoso sucesso no passado e que é e indagado o filme todo através dos outros personagens, amigos, vizinhos e transeuntes que atravessam seu caminho, o porque de ele não ter escrito mais uma historia, causando humor na plateia e momentos de cumplicidade e expectativa que vai sendo revelado durante a projeção, o que faz Jep, ter escrito somente um livro. Pois em vês de escrever, simples: ele está vivendo suas historias! Seus personagens, suas falas, suas observações,suas criticas e humoradas de si e do outro e com um olhar generoso e encantador da vida, da arte, do fazer artístico, de seus artistas, do cidadão e do universo pequeno burgues, com noção que vivencia este universo mas sem ser cruel mas sendo transparente diante de sua própria condição social,  nos meios das futilidades e festividades que tornou-se sua vida nos últimos 65 anos.
Jep ora pode ser muito de nós mesmo ou de nossos amigos, encontrei todos os meus amigos lá, ou conhecidos, esse microcosmo universo da arte, seus fazedores e amantes. Jep muitas vezes me lembrou um amigo em comum de minha amiga hermana, que nos apresentou,  no Rio. Um escritor ,ator, critico da vida, dos outros e de si mesmo, cativante, humorado e de um charme que só os gays com sua rapidez cirúrgica, fruto de uma mistura perfeita dos gêneros em altíssimo grau de sofisticação do melhor dessa loucura de composição.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Jogo de Cena





Para nunca esquecer porque faço teatro, contar, narrar da melhor forma possível, com a verdade mais próxima que podemos alcançar na mentira, na arte de interpretar. Um dia alguém falou e mentindo no teatro que falamos todas as verdades não ditas. E convencer o outro da aquilo que está sendo dito é uma grande arte, milimetricamente estudada, dissecada, repetida para conseguir chegar perto do resultado final, que é de atingir aquele que observa.

Jurubebas Queen (Artur Soares - Bodoque)





Noite do evento "Verão em Natal", trouxeram ótimas surpresas musicais,novas descobertas! E além de conhecer o som de uma banda do Maranhão "Criolina", ainda volto numa carona especial do casal de amigos Thasia e Ricardo e que me apresentam diretamente de Mossoró esse rapaz de 25 anos, Artur Soares, que andou pelo Rio de Janeiro e como disserem: voltou assim!:) Muito bom o seu CD de estreia e tem algo que me lembrou uma das canções do velho cantor de Recife, que tb super indico, DiMelo, fica a dica do ótimo documentário sobre sua vida o "Imorrível"! Mas agora fico com o som "Jurebebas Queen" para o começo desta domingueira.