quinta-feira, 14 de maio de 2009

"O Céu Que Nos protege" Da Cabeça Aos Pés








O filme "O Céu Que Nos Protege" ou "The Sheltering Sky" direção de Bernado Bertolucci de 1990 com John Malkovich e com uma atriz dos anos 80 e na virada dos 90 a atriz Debra Winger, que para mim soube interepretar toda angustia, existencialismo da personagem, perdiada no meio daquele deserto belissimo do Saara formando um triangulo amoroso com o marido e mais um amigo, companheiro de viagem.
Uma das questões do filme é encontrado numa das frases ditas e decisivas na historia pela personagem de Debra Winger: " era de que eles não eram turista mas sim viajantes", que poderiam voltar ou não dessas descobertas e transformações que sofreriam devido ao acaso, ao desconhecido de uma cultura completamente diferente das que os personagens deixavam para traz , uma Nova York dos anos vinte no qual o filme é ambientado. Todo esse enrredo, universo e lindas tomadas do filme, impreguinaram na minha retina e memória cinematográfica inaugurando os primeiros filmes de quando passo a tomar consciencia do cinema na minha vida, nos meus pensamentos, nas minhas emoções. E tudo aquilo que o cinema veio representar para mim, a experiencia da fantasia na máxima do sensorial que ele provoca em mim. Foi tão arrebatador este contato com o filme de Bernado Bertolucci que levei anos da minha adolescência fazendo alusão como este, sendo o melhor filme da minha vida até então com apenas 11,12 anos. Já era anunciação da mulher e dos anseios que teria em relação a vida, ao gosto pelo cinema e ao tipo de cinema que me impressionaria.
Cheguei por muitas veses querer viver a clássica cena no topo de uma montanha no Deserto naquele por do sol, passei a vida esperando por essa experiencia que John Malkovich e Debra Winger vivenciam no filme. Talvez realmente nunca o faça no deserto do Saara e com toda aquela atmosfera dos anos 20, mas espero em Deus, em vida, em energia que me permita ver, tocar, sentir, o cheiro do Oriente, da India, da África. Tomar um trem como no filme, viajar a todos aqueles lugares pelo qual o casal passeia pela história.
De toda a importançia que este filme me provocou durante anos, até que eu pudesse aprimorar o gosto cinematográfico e desce início a uma busca e pesquisa infidável pelo cinema e que nunca mais parou. E tudo isso, devo ao filme "O Céu Que Nos Protege".
Além de toda esta emoção ainda gostaria de ressaltar o figurino e a um detalhe de moda, o figurinista veste estes personagens reproduzindo bem a época no estilo dos anos vinte com estilo safari da década, com tons crus para um deserto, muito algodão, listras e um sapato, que é a minha paixão:
A sapatilha de corda, o sapato modelo "Anabela" de lona com salto de corda. É tão natural, simples, poético, que remete a uma época, uma praia, um movimento leve e sem perder a sofisticação e a elegância e que permite ir de manhã até o fim da noite. Considero o sapato de corda uma ode ao mais natural que possamos vestir o caminhas dos pés.