segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"Formas Breves" de Bia Lessa e Maria Borba

Sempre desejei assitir um trabalho da Bia Lessa, pois ha tempos namorava seus trabalhos através de matérias, fotos e "googles". E finalmente tive o prazer de ver a peça "Formas Breves", de Bia Lessa e Maria Borba, sua filha, que está no teatro Tom Jombin - no Jardim Botânico. A impressão que fiquei do espetáculo foi que é lindíssimo plasticamente, sofisticadíssimo, o cenário, as projeções, as soluções estéticas para narrativa, mas, sinto como disse uma amiga que assistiu: "faltou o momento da pausa", da profundidade, da reflexão, da densidade. Foi um turbilhão de situações, choques sonoros, que chega a dar um barato nas cadeiras, mas senti falta da poesia, do suspiro, do momento. Ao mesmo tempo, se me provocou, me levou no final a refletir, que é como diz o próprio título, são: "Formas Breves", fica na forma, talvez seja isso que a peça quer nos dizer, que muitas vezes não passamos da superfície, da forma. Viajei em várias possibilidades, isso é muito bom. Pois, peça que saio e nem comento e não me leva além de reclamar do tempo perdido, ai sim, é lamentável. O contrário desta, realmente recomendo "Formas Breves", aliás, como o cenário me comoveu, há um momento da peça que não tem nenhum ator em cena, a não ser roupas e como pôde ser tão poético? Isso levarei por muito tempo, esta visão, esta poesia, estas formas.