terça-feira, 30 de junho de 2009

"Morreram Pina Bausch" " ... Não era Uma só. Eram Tantas"




"Morreu Pina Bausch" ..."Morreram Pina Bausch" utilizando a citação do poeta Drummond de Andrande quando a grande atriz Cacilda Becker morreu: "A morte emendou a gramática/Morreram Cacilda Becker. Não era uma só. Eram tantas.(...)"
Só me veio este texto para me referir a grande coreógrafa bailarina alemã, que morreu hoje vítima de um câncer tardio dectado quinta passada. Pina foi enorme na arte. Foram momentos inesquecíveis que como muitos, tive, o prazer, a alegria e a honra de conhecer sua dança.
Eu fico com a sua frase e pensamento: "o que importa não são como as pernas se movem, mas sim o que as movem".
Só espero que este blog não vire um obituário da arte.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

E Lá Se Foi O Rapaz de "Billie Jean"

Como todos no mundo, acredito que Michael Jackson, foi uma das figuras mais pop dos úlitmos tempos, que influenciou na música, no comportamento visual, e claro nos super vídeo clips dos anos 80 e 90. Soube muito bem utilizar da imagem para lançar o albúm mais vendido no mundo "Thriller". E foi a própria personificação mítica do personagem "Retrato de Dorian Gray" de Oscar Wilde, na busca desenfreada pela imagem do belo e eterno e com o fim trágico do personagem, pois a vida nos últimos anos foi uma sucessão de escandalos, perdas milionárias e constragimentos.
Caetano Veloso, no Jornal "O Globo" de hoje, 26/07 descreveu muito bem: "Os talentos artísticos extraordinários frequentemente coincidem com vidas torturadas e enigmáticas"
Eu, ficarei como todos com o melhor de suas músicas 70 e 80:
"Thriller", " Billie Jean", "Don´t Sop Get Enough", "Beat It" e entre outras da safra desta época.
No momento ha uma onda no Rio, de ouvir "Billie Jean" nas festas da Zona Sul, devido a "Orquestra Voadora" que faz uma versão bem bacana.

domingo, 21 de junho de 2009

Nina Simone Para Todos Os Momentos Da Vida

Sempre, quando me recordo, gosto de citar minhas musas.
Já falei de Pina Bausch na dança, Lygia Clark nas artes plásticas, Madonna no Pop, Mary Strip nas atuações (estou devendo), Rei Kawakubo na moda e hoje, me rendo a Nina Simone.
Cantora de Jazz, que entrei em contato a primeira vez através no cinema, com a versão americana do filme francês "Nikita", o filme, "A Assassina", com Bridget Fonda, musa da minha adolescência junto com Winona Ryder. Pois bem, voltando ao filme, a personagem gostava da cantora e utilizava o codinome de Nina.
Eu tinha uns 14 anos, e a partir da aí foi uma paixão que transfomou num grande amor, ela com sua voz jazzística e soul, toca em meus sentidos em todos momentos, Nina Simone me acompanha nas horas "fáceis e difíceis", pois é sempre inspirador escuta-la.
Nina Simone que há anos compõe, faz e desfaz momentos e decisões na minha vida.
Alias, se nos filmes eu construí a minha pequena vasta noção de mundo, é na música que as decisões sempre foram transformadas em ação, em momentos marcantes de rompimento, de conciliação, de flerte, de grandes amizades. Lá estava a música! E Nina, é claro, não poderia faltar.
E o estilo? Super bacana, ela tinha maior visual nos cabelos.
Ouça: "My Baby Just Cares For Me"
Assista: "Ain´t Got No ...I´ve Got Life" http://www.youtube.com/watch?v=GUcXI2BIUOQ
Pense: "Love Me or Leave Me"
Suspire: "Here Comes The Sun"
Compre a versão moderninha: "Nina Simone Remixed & Reimagined"

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Bienal de Veneza - 2009

Há alguns anos atrás em 2003 tive o oportunidade de estar numa Bienal de Veneza e ainda com o charme de estar acompanhada do grande amor, tudo era muito intenso, forte e emocionante.
Bem, voltando a Bienal foi incrível aqueles pavilhões enormes com artistas do mundo inteiro. Pude entrar em contato com a obra do escultor Ron Muek da Australia e foi um forte impacto visual e lembro-me ainda do pavilhão da Rússia que foi toda feita com papelão pintado representando uma cidade e tomando toda o espaço.
Mas ao chegar no pavilhão do Brasil confesso que fiquei um pouco decepcionada, a artista brasileira que estava expondo era Beatriz Milhazes com suas famosas mandalas, telas lindas é claro mas somente telas penduradas no alto, só! Eu queria mais, estava super influenciada pelo clima do lugar e pelas minhas referências de artes e que ainda com todos estes anos não mudaram e sim cada vez mais radical e pertinente na busca das experiências espacias com o lugar e com o corpo, mas sei o quanto este conceito é restritivo.
Enfim, foi só difícil aceitar e comprender que pode existir exposições simples e praticamente óbivias e que não há necessidades de grandes elaborações para expor telas, sim?
Não para mim, eu ainda encontro dificuldades de imaginar numa Bienal de Veneza que busca o de mais contemporâneo ter sido tão óbvia e justamente quando chegou no pavilão do Brasil!
Fiquei irada, queria ter maior orgulho das telas da Beatriz Milhazes mas não consegui devido ao modo que foi trabalhada na exposição.
Este ano infelizmente, mais uma vez não estou lá para conferir porém estou com maior orgulho, pois a artista plástica Lygia Pape estar com uma instalação chamada "Ttéia" com cara de esperimentação muito mais a ver com a linguagem que acredito ser apropriada para uma Bienal que se propõe ser avan-guard, além de um artista que estar super comentado que colocou caixas de madeiras com um orificio e escreveu uma menssagem no chão "coloque seu ouvido e ouça o que sai da caixa". Adorei a proposta sensorial, defiinitivamente esta é a minha onda é onde eu me encontro.
Para conferir mais das exposições:

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Corpos no Varal com a Minha Musa Lygia Clark











No Galpão Aplauso no qual trabalho ministrando uma oficina de costura e moda sempre há boas oportunidades de exercitar a criatividade.
E mais uma vez pude experimentar ideias que ja vem me assolando os pensamentos com inspirações "A la Alice no País das Maravilhas" e neste fim de semana com o Viradão Cultural que aconteceu em toda a cidade do Rio, o Galpão Aplauso participou com muitos eventos entre eles, show de Tom Zé, workshops , feijoada com samba e entre outros. E lá no meio de enumeras situações do imenso Galpão na Zona Porturária do Rio, encontrava-se uma instalação em experiencia com o corpo, uma intervenção no caminho de todos que passavam numa das areas do Galpão, forçando a todos os visitantes sofrer alguma ação física, movimento, incomodo físico, deslocamento, deboche, raiva, explosão, admiração, entre outras situações que pude captar ao assistir os visitantes caminharem por um corredor de cordas construído com uma espécie de cama elásticas ou um varal com peças de roupas penduradas que timidamente ensinuava personagens, figuras do cotidiano.
Ainda há muito a estudar e aprimorar as esperiências com o corpo mas para este primeiro contato já me possibilitou muitos caminhos a percorrer da criação. E todos estes estudos devo a minha musa inspiradora, a artista plástica Lygia Clark, uma das artistas mais importantes dos anos 60 e que dedicou toda sua vida aos estudos sensorias, utilizando o corpo como suporte de sua arte.