domingo, 15 de setembro de 2013

Máquina de Escrever - Pedro Luis e A Parede



Música do primeiro CD da formação de Pedro Luis e A Parede lançado em de 1997, eu tinha meus 17 anos, mas foi em 1998 que este CD com suas música, "Caio No Swing" e outras faziam sucesso nas festinhas descoladas e alternativas da turminha, mas esta canção especificamente conheci,  não tenho certeza ouvindo o CD na casa do meu ex namorado, em Ipanema- Rio, no seu pequeno apê quase de esquina com o famoso Bar que resiste até hoje as noites Dark side do bairro o "Bar Imporium"e que frequentamos muitas noites entre amigos.
Adorávamos Pedro Luiz e A Parede e ele principalmente encantado com o som que conhecia entre outras musicas brasileiras, para um Havaiano-americano tudo era uma deliciosa novidade musical e colocando o CD todo para tocar, esta musica me acertou em cheio e ficou como algo bom que adoro ouvir e que de tempos em tempos coloco para traduzir em palavras aquilo exatamente o que a música fala de todo nós,
"...meu coração é uma máquina de escrever ilusões ... é só você bater para entrar na minha historia, mas ha palavras em meu coração, letras e sons, poemas e diversões, para ler um verso ,ouvir, escutar meu coração falar até calar a pulsação..." e ultimamente anda tocando novamente a discografia antiga do Pedro Luis e esta linda canção não poderia faltar!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Que Só Os Beijos Tapem Minha Boca"

A frase a cima, tem duas versões, a possivel inscrição original no muro que corre as redes sociais e googles alheios com imaginário coletivo estético de escritos nos muros que já dominam milhões de posts e a segunda já reproduzida com suas devidas alterações, daquele que se apropria numa noite chuvosa de ativismo no meio de um evento cultural na cidade para instaurar ações do MPL em Natal. Nas frases, são a mesmas ideias, as mesmas palavras, apenas a inverção do pronome de tratamento das segunda pessoa para o pronome possessivo da primeira pessoa: ou seja, é quando o pronome possessivo indica que o sujeito da oração pertencem ao elemento que se refere. Pertencer, fazer ou estar fazendo parte de algo, relações estabelecidas através de identificações, necessidades em comum,anseios daquele grupo, daquela tribo, região, instituição, movimento. 
O movimento do Passe Livre, se faz necessário nas camadas mais emergentes das grandes e pequenas cidades do Brasil e no mundo. Movimento, que luta para exercer o direito de ir e vir e assim se apropriar dos espaços, das correlações com os outros e suas as culturas, pois se você não se move, enrrigesse no espaço e não transita, não se sente capaz de fazer parte de outras possibilidades disponíveis, desde de que tenha como chegar e partir!
E são pelo os trajetos interrompidos que este e tantos outros Movimentos, se fazem indispensáveis para empurrar para a frente as questões e mudar a ordem pré estabelecida do modelo fracassado capitalismo-selvagem, que aprisionam todos em formas, quadrados e espaços delimitados o qual só se pode mover se tem o poder de Compra. Este modelo de instituição politica, não deu certo e não dará, pois impede as mil possibilidades plena e infinita de igualdade com o outro, e não supera a concepção colada da idéia de posse, de consumo e com isto gerando mil camadas de diferenças, violências e outras degradações que atravessamos em nossa existência evolutiva. 
E num debate sobre a origem da violência, no qual defendia que independente da estrutura politica, ela pode ser instaurada pois é inerente ao ser humano, o outro, no debate (o mesmo sujeito do pronome possessivo da ressignificação da frase acima) colocou sua visão de que nesta concepção que vivemos, sim. Ou seja, na qual nos constituímos como esta sociedade, gera violência, mas que em outra formação, podemos um dia sermos livres desta ideia de posse e que produz o agressor e a vitima. Será? Ainda assim, penso e o acaso? O acidente que leva o trauma, a vingança, a violência, divago no (Nascimento da Tragédia, de Nietzsche e teatralizando a questão), e quando ocorrer de maneira "não premeditada"? Pois são sentimentos inerentes ao ser humano, essa foi uma posição que tentei sem sucesso defender e saí, confesso, e feliz, em rever meus conceitos, mas ainda não estou convencida, infelizmente da impossibilidade da inexistência dela em outras formas de sociedade como colocou o rapaz (do pronome pessoal.). Pois ao olhar a historia da humanidade, o homem não conseguiria impedir tais impulsos que acarretam a ideia de vaidade, de poder, de dominação e que terrivelmente é o que nos faz o que somos: Belos e Sujos. Roubando o título de um lindo filme de "Coisas Belas e Sujas" do diretor inglês Stepfen Frears com a atriz francesa Audrey Tautou a mesma que fez sucesso num outro filme que a lançou para o mundo: "O Fabuloso Destino de Amelie Polin". 
Mas voltando ao "Coisas Belas e Sujas", é um filme de 2002, que vai abordar assuntos de imigrantes em Londres, para falar das questões sociais, as velhas lutas de classes, tudo haver com o tema de hoje mas assim como no filme, ainda que as questões de ordem politica-social e violência, que também aparece em forma de tráfico de órgãos, existe a bela relação de companheirismo dos personagens principais, entre a Camareira e o Porteiro do Hotel de luxo onde ocorrem toda a trama do filme. Fica dica deste maravilhoso filme, já citado ha anos atras neste Blog!
E assim como no filme, ainda que existam dentro das lutas as terríveis violências Sujas cometidas ao outro no meio do Movimento existe o Belo, que apesar de todas as Fúrias, também se instaura e assim como na reprodução desta frase do muro alterada por aquele que se apropriou da fala e a ressignificou com seu pronome possessivo, trajado como uma mistura de filho de Ogum com Oxaguian de quem vai para a guerra com sua lança em punho feita de lata de spray e protegendo a cabeça com seu capuz branco de sua própria camiseta e desnudando o peito de quem não tem medo de colocar a vida em risco. E ele soube no meio do movimento, ouvir a ideia de uma segunda pessoa do singular e marcar o muro com as palavras acima que estas que as narram a viu nos posts das redes sociais e com toda aquela efervescência, descoberta e encantamento do instante que ali no meio do Movimento e com aquela chuva! Só vinha nos pensamentos esta bela frase, para descrever exatamente o que sentia no momento e sem saber, ao escrever no muro o meu pedido, ele me deu lindo um presente!
Poderia descrever cada instante desta noite, mas é no âmago que algo se transformou e sinto um pequeno orgulho de fazer parte de maneira ainda que ínfima da Bela reprodução latente do escrito pichado num muro da parte histórica da cidade de Natal.
Que esta vivencia seja uma, das mil e outras que estão por vir quando falo em "Que só os Beijos Tapem Minha Boca". E que me dê cada vez mais coragem (coragem: do latim coractium e derivação do francês cor-age: agir com o coração) para que assim, possa agir para além de mim mesma com a razão e a alma e trazendo a tona zilhões de problematizações que quero com a minha Arte refletir e encontrar pelo caminho com/o outro!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Orixás Ventos Que Os Trazem - Fátima Léo



Trabalho antigo mas que só agora estou publicando por aqui, já que estou numa fase de querer editar novos videos. Inspiração na velha brincadeira de massinha, tirando foto, uma por uma e depois juntando tudo e dando movimento e vida ao objeto.
Roupas da estilista  Fátima Leo
Fotos e edição: Elze Maria Barroso
Trilha: Zumbi -Fella Kuti

terça-feira, 3 de setembro de 2013

O EMPREGO



O video de animação Argentino, direção de Santiago ´Bou´Grasso, roteiro de Patrício Plaza , correu o mundo e ficou conhecido alem do trabalho maravilhoso pelos 102 prêmios em diversos festivais por onde passou, pois o video de 3 minutos e pouco desperta um impacto e reflexão de como somos e nos comportamos nesta sociedade capitalista-ocidental, video que levarei por muitos anos como uma imagem magnifica sobre estas questões e de uma fonte imensa de inspirações para trabalhos futuros e pesquisas.
Fica a dica "O Emprego".