quinta-feira, 11 de junho de 2009

Bienal de Veneza - 2009

Há alguns anos atrás em 2003 tive o oportunidade de estar numa Bienal de Veneza e ainda com o charme de estar acompanhada do grande amor, tudo era muito intenso, forte e emocionante.
Bem, voltando a Bienal foi incrível aqueles pavilhões enormes com artistas do mundo inteiro. Pude entrar em contato com a obra do escultor Ron Muek da Australia e foi um forte impacto visual e lembro-me ainda do pavilhão da Rússia que foi toda feita com papelão pintado representando uma cidade e tomando toda o espaço.
Mas ao chegar no pavilhão do Brasil confesso que fiquei um pouco decepcionada, a artista brasileira que estava expondo era Beatriz Milhazes com suas famosas mandalas, telas lindas é claro mas somente telas penduradas no alto, só! Eu queria mais, estava super influenciada pelo clima do lugar e pelas minhas referências de artes e que ainda com todos estes anos não mudaram e sim cada vez mais radical e pertinente na busca das experiências espacias com o lugar e com o corpo, mas sei o quanto este conceito é restritivo.
Enfim, foi só difícil aceitar e comprender que pode existir exposições simples e praticamente óbivias e que não há necessidades de grandes elaborações para expor telas, sim?
Não para mim, eu ainda encontro dificuldades de imaginar numa Bienal de Veneza que busca o de mais contemporâneo ter sido tão óbvia e justamente quando chegou no pavilão do Brasil!
Fiquei irada, queria ter maior orgulho das telas da Beatriz Milhazes mas não consegui devido ao modo que foi trabalhada na exposição.
Este ano infelizmente, mais uma vez não estou lá para conferir porém estou com maior orgulho, pois a artista plástica Lygia Pape estar com uma instalação chamada "Ttéia" com cara de esperimentação muito mais a ver com a linguagem que acredito ser apropriada para uma Bienal que se propõe ser avan-guard, além de um artista que estar super comentado que colocou caixas de madeiras com um orificio e escreveu uma menssagem no chão "coloque seu ouvido e ouça o que sai da caixa". Adorei a proposta sensorial, defiinitivamente esta é a minha onda é onde eu me encontro.
Para conferir mais das exposições: