terça-feira, 19 de novembro de 2013

Caetano Veloso - How Beautiful Could A Being Be



Revisitando as canções antigas de Caetano Veloso, pós show na praça Augusto Severo em Natal neste mês de novembro, deu uma saudade de ouvir coisas dos anos noventa e dois mil.  E uma delas é esta canção "How Beautiful Could A Beging Be" com composição do filho de Caetano,  Moreno Veloso.
 Que de uma unica frase mas com uma musicalidade, uma baianidade e sim claro, toda a brasilidade gostosa da linha debaixo do Equador e não poderia deixar de citar um texto maravilhoso do próprio em outra canção que ele canta de Michael Jackson  "Black Or White" e que no meio ele começa a recitar "Americanos" como o texto mais abaixo. E que na conclusão do meu projeto do curso de Moda utilizei não só a canção acima mas como também o texto mais abaixo de "Americanos", pois acho uma combinação perfeita para se falar de Brasil com dor e beleza.
 E neste vídeo os músicos de percussão, com o detalhe importantíssimo de que todos são negros e bem jovens e que parecem oriundos dos blocos do "Ylê" ou do "Olodum" e que neste show "Prenda Minha", fazem um lindo numero de dança e de toda a brasilidade e beleza como diz a musica acima e que o texto abaixo do próprio ilustra tão bem essa diversidade essa coisa chamada, Brasil, com as desigualdades que produzem monstruosidades e belezas na mesma potencia, como num simples numero de dança destes músicos.
O no mesmo dia deste show aqui em Natal,  coisas belas e surpreendentes rondaram meus sentidos, bocas, narinas e orelhas, pena que foi só um "How Beautiful Could A Being Be"....

"Enquanto aqui embaixo a indefinição é o regime
 E dançamos com uma graça, cujo o segredo
 Nem eu mesmo sei, Entre a delicia e a desgraça
Entre o monstruoso e o sublime, Americanos não são americanos
São velhos homens humanos, Chegando, passando, atravessando.
São tipicamente americanos.
 Americanos sentem que algo se perdeu
Algo se quebrou , está se quebrando"

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Di Melo - Kilario


Segue a musica que ficou deste três dias de Festival Mundo em João Pessoa

Di Melo, O Imorrível - Documentário E Os Encontros Maravilhosos Que Tive Em João Pessoa

Eis que estou exausta, cansada vinda de uma correria pré "Festival Mundo" no qual meu grupo de teatro Cena Coletiva se apresentou com dois trabalhos, e tomando uma breja com os novos amigos de alojamento que espero que fiquem após um encontro delicioso que tivemos de convivência nestes três dias, e que tenho certeza que ficará para sempre este carinho e o prazer de estarmos: falando, trocando e pulsando arte! Voltando ao músico setentão nordestino de Pernambuco! O cantor Di Melo, que também se apresentou no palco e fechou o "Festival Mundo", deste ano com todas as honras merecidas de fechar o evento e resgatar um trabalho de um único disco emblemático e esquecido por décadas e que nos últimos anos vem sendo redescoberto por muitos assim como eu! Que precisou viajar até João Pessoa, ir neste espaço Mundo que pertence a novas formas de coletivo de um dos conhecidos e polemico "Fora do Eixo", que também é o responsável pela organização do evento que participamos. Pois bem, lá estou sem uma gota de energia, cansada de uma viagem, que me levantei as cindo da matina para pegar a estrada e com o organismo ainda debilitado de uma gripe. Já eram mas de onze horas da noite e meu corpo só pedia "Calma, calma..." como uma das musicas de Di Melo, e assim quando já me entregava na cadeira do Bar, com cara de tristeza, a música "Kilario" que conheci ha uns cinco anos atras pelo menos num bar em Botafogo, levada no violão nestas noites que se vai de bar em bar com uma galera também de teatro após apresentação de uma grande amiga, Sabrina, com a peça "Três Irmas", um rapaz amigo do grupo e músico puxa e este som e começa a levar, nunca tinha escutado e no segundo refrão já cantava animadíssima.
Nunca mais esqueci "Kilario", ficou guardado como uma linda lembrança daquela noite em Botafogo no Rio. E ai a mesma musica toca e começo a dançar loucamente no bar, todos os amigos em volta tomam um susto que até então, o ser que só pedia para ir embora levanta e começa a dançar todo o sambalanço que a musica tem!
Infelizmente devido a correria da ultimo dia não pude assistir o próprio no Festival. Pois estava de carona,e ai  já sabe ou vai ou fica! Escolhi ir e perder o grande Di Melo, mas espero que em breve que a sorte sorria e traga ele para perto de um show bem próximo em Natal.
Para que eu e todos possam curtir este cara que devido a historia de sua vida precisou fazer uma curva na trajetória e agora tomar uma reta novamente com o grande público e nos presentear com seu "retorno" e assim,  como diz o próprio no seu documentário merecido: "O Imovível"!  Vale a pena conferir,
figuraça e ainda de quebra passa a conhecer melhor de onde surgem as grandes ideias, de onde vem as inspirações, de um filme do Antonioni como por exemplo, "Blow Up" dos anos sessenta ou deixar sair de si toda sua essência para que assim surja aquilo que nos move e que nos conduz ao encontro de nossa arte.
Eu estou nesta busca que claro, é infinita, mas ser verdadeira consigo mesmo é o primordial , para que cada vez mais sua arte lhe encontre, e a vivencia no festival fez perceber o quanto tenho que deixar vir sobre do que quero falar, com quem quero dialogar e principalmente com quero estar fazendo arte, não basta querer fazer arte mas se arte que estamos fazendo dialogam se elas estão em dialogo se não deixa de ser um prazer que e o mais momento do artista que estar em cena para virar uma angustia por nao estar inteiro com sua arte e inteiro que dividem o palco com você, por isso o primeiro encontro do artista e com que dividi com ele esta experiencia e o que mais quero e me divertir em cena com os meus parceiros, pois ja é tão difícil fazer arte como todos sabemos, mas se tivermos os melhores parceiros em cena fica tudo mais fácil e prazeroso.
E fico na torcida para cada vez mais estes encontros na vida e no palco aconteçam e que venham mais festivais para estes encontros que vamos traçando em nossas trajetórias assim como os novos amigos da Paraíba que fiz e o artista Di Melo que já virei fã e quero que avida pulsa cada vez mais como em Kilario"! "Raio o dia e vi chover em minha horta... ai ,ai meu Deus do céu como sofria em ver a natureza morta!"