quinta-feira, 2 de junho de 2011

Os Livros Que Ressoam




Pensei em falar sobre o Festival de Cannes, sei que é um assunto mais que esgotado por todas as mídias, o festival já acabou, Las Von Trier não ganhou a Palma de Ouro, no entanto, polemizou em suas declarações mal interpretadas pela imprensa na entrevista oficial, mas continuo super afim de ver seu próximo filme "Melancholia", porém sua atriz do filme, Krist Dusty,ganhou de melhor atriz coadjuvante independentes dos ataques as suas declarações a sua "comprenssão a Hitler".

Mas o que realmente hoje quero lembrar, são das minhas primeiras e inesquecíveis impressões sobre alguns autores literários.
Sempre comento filmes, moda, música mas os escritores são um grande lapso no meu blog.
Hoje, venho tentar reparar e reverenciar alguns dos escritores que me formaram e expandiram o meu imaginário fantasioso de maneira irreparável.
O primeiro deles e o mais fantasioso foi o escritor colombiano e único da Ámerica Latina que ganhou o prêmio Nobel de literatura em 1982, o escritor Gabriel García Marquez, com seu romance "Os Cem Anos de Solidão", texto que chegou em minhas mãos através de uma grande amiga que não só apresentou estes, como vários outros textos e autores, a amiga Sabrina Araújo Costa e também minha amiga Carmen Filgueiras, devo muito das minhas leituras e descobertas literárias a estas duas grandes amigas.

Voltando ao escritor, Gabriel García Marquez, foi uma verdadeira história de amor, um encontro que até hoje, passado mais de 12 anos, ainda vem a lembrança de estar lendo e a tristeza de quando o livro acabou, o que seria de minhas horas vagas sem a Família Buendia?
Seus contos intermináveis com seu realismo fantásticos, arvores, muros, ventos, asas, tudo tinha vida, a menina que comia musgos do muro.
Fiquei com a sensação de vazio que só as grandes histórias nos deixam no seu término. Essas leituras mudam o nosso modo de ver as coisas, as pessoas,o tempo.

Lembro de ficar influenciada pelo modo como Grabriel G. Marquez escrevia e queria retratar os fatos do meu dia como as suas descrições longas e fantasiosas.

Logo em seguida, outro autor que me arrebatou com seu romance policial, foi o escritor Oscar Wild com "Retrato de Dorian Gray", no qual não parava de ler um minuto sequer, em filas de banco, em escadarias do CCBB do Rio de Janeiro, esperando uma peça começar e lendo vorazmente cada linha para desvendar os mistérios do livro, numa companhia imensa sem me sentir só, acompanhada e preenchida com a companhia do meu livro, nossa, saudades desta sensação e concentração, pois confesso que nos últimos anos, ler, tem sido um verdadeiro esforço, pois minha concentração ou falta do encontro com um livro, nao tem despertado o quanto estes livros me tomava para dentro de suas historias no qual esquecia o mundo, só importava o que iria acontecer páginas seguintes com aquele ou este personagem.

E o terceiro livro de hoje que abordo é o "Estrangeiro" do francês Albert Cammus.
Neste romance foi o máximo das questões filosóficas que se apresentava naquele determinado momento para mim naquele anos do começo dos meus vinte e poucos anos. Acho que deveria estar com uns 21 ou 22 anos, não lembro exatamente mas foi muito instigante as conversas e questionamentos com a minha amiga que tinha apresentado este livro e que tinha lido há pouco tempo a mesma amiga Sabrina e que devo muito aos inúmeros livros que li e que arrebataram os pensamentos e que até hoje, ressoam minha visão do outro através das vivencias destes livros.