segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"A Grande Beleza" de Todos Nós



"Dias de janeiro, calor demais, dias de janeiro olha como faz, esquentam, é tão bom entrar no mar...", começo ao som de "Dias de Janeiro" de Otto, para descrever como foram meus dias na minha cidade, de tantos encontros, famílias, amigas hermanas, festas, saídas, calor infernal e de salas escuras e gélidas de cinema para suportar ainda que por algumas pequenas horas, o calor devastador desta cidade que te envolve, te seduz e que também te tira o do chão a qualquer momento.
Mas voltando aos filmes, foram "O Som ao Meu Redor", "Ninfomaníaca", " O Lobo de Wallstreet" e por último: "A Grande Beleza", até pela sequencia dos filmes que assisti, gostei de todos em suas particularidades, observações, questões mas na identificação precisa e imediata de longe o que mais me marcou e ainda marcar suas imagens e suas falas!Ta ai, as falas!
Geralmente quando me recordo de um filme, lembro dele claro, mas na totalidade de uma cena, uma imagem, um close da atriz, de uma ação marcante, mas este filme especificamente, esta película italiana ala Feliniana a "Grande Beleza", além das belas imagens que tem uma câmera que flutua, que vai sobrevoando, as pessoas, a cidade de Roma e pousando nos personagens e situações, a historia vai sendo costurada através do protagonista e narrador da jornada, o personagem encantador: Jep, um escritor de uma obra só e que fez um estrondoso sucesso no passado e que é e indagado o filme todo através dos outros personagens, amigos, vizinhos e transeuntes que atravessam seu caminho, o porque de ele não ter escrito mais uma historia, causando humor na plateia e momentos de cumplicidade e expectativa que vai sendo revelado durante a projeção, o que faz Jep, ter escrito somente um livro. Pois em vês de escrever, simples: ele está vivendo suas historias! Seus personagens, suas falas, suas observações,suas criticas e humoradas de si e do outro e com um olhar generoso e encantador da vida, da arte, do fazer artístico, de seus artistas, do cidadão e do universo pequeno burgues, com noção que vivencia este universo mas sem ser cruel mas sendo transparente diante de sua própria condição social,  nos meios das futilidades e festividades que tornou-se sua vida nos últimos 65 anos.
Jep ora pode ser muito de nós mesmo ou de nossos amigos, encontrei todos os meus amigos lá, ou conhecidos, esse microcosmo universo da arte, seus fazedores e amantes. Jep muitas vezes me lembrou um amigo em comum de minha amiga hermana, que nos apresentou,  no Rio. Um escritor ,ator, critico da vida, dos outros e de si mesmo, cativante, humorado e de um charme que só os gays com sua rapidez cirúrgica, fruto de uma mistura perfeita dos gêneros em altíssimo grau de sofisticação do melhor dessa loucura de composição.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Jogo de Cena





Para nunca esquecer porque faço teatro, contar, narrar da melhor forma possível, com a verdade mais próxima que podemos alcançar na mentira, na arte de interpretar. Um dia alguém falou e mentindo no teatro que falamos todas as verdades não ditas. E convencer o outro da aquilo que está sendo dito é uma grande arte, milimetricamente estudada, dissecada, repetida para conseguir chegar perto do resultado final, que é de atingir aquele que observa.

Jurubebas Queen (Artur Soares - Bodoque)





Noite do evento "Verão em Natal", trouxeram ótimas surpresas musicais,novas descobertas! E além de conhecer o som de uma banda do Maranhão "Criolina", ainda volto numa carona especial do casal de amigos Thasia e Ricardo e que me apresentam diretamente de Mossoró esse rapaz de 25 anos, Artur Soares, que andou pelo Rio de Janeiro e como disserem: voltou assim!:) Muito bom o seu CD de estreia e tem algo que me lembrou uma das canções do velho cantor de Recife, que tb super indico, DiMelo, fica a dica do ótimo documentário sobre sua vida o "Imorrível"! Mas agora fico com o som "Jurebebas Queen" para o começo desta domingueira.